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Luísa Opina

Neste blogue comentarei temas genéricos da nossa sociedade. Haverá um novo texto todas as sextas-feiras

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Luísa Opina

29
Nov24

164 - A "querida" esquerda

Luísa

Como não podia deixar de ser, o primeiro tema deste post é o 25 de novembro, data que a esquerda portuguesa – pelo menos a que se considera como tal – andou 48 anos a tentar deitar no caixote do lixo do esquecimento coletivo com o pretexto de que só os saudosistas a queriam celebrar.

E quem os ouvir falar e não se dê ao trabalho de pesquisar o que se passou, de facto – ou seja, no mínimo uma boa parte da população mais jovem – fica com a ideia de que foi um contragolpe para tentar restaurar a ditadura salazarista ou impor uma parecida. Dizem, também, que querer celebrar tal dia é apenas um modo de tentar achincalhar o 25 de abril e a luta gloriosa pela democracia.

O primeiro problema com este argumento está, precisamente, na “luta pela democracia”. Impera a ideia de que quem luta contra um ditador fá-lo por ser a favor de um regime democrático – daí o apoio Ocidental à Irmandade Islâmica no Egito e aos opositores na Síria.

Infelizmente, na maioria dos casos o único problema que esses lutadores têm em relação à ditadura que combatem é... não ser a deles. Como o PCP a tentar impor, por todos os meios, uma “ditadura do povo” em Portugal e os movimentos que citei acima a quererem um estado islâmico tipo talibãs, sim, esses excelentes democratas

O problema, no nosso caso, é que convenceram muita gente da inocência das suas intenções e ninguém lhes quer apontar o dedo para não ser apelidado de fascista. Tal como se fala muito na PIDE, na censura salazaristas e nas detenções por delito de opinião até 1974, mas nada ou pouquíssimo se diz dos desmandos similares, só que de cor oposta, após o 23 de abril e a que o 25 novembro impôs alguma contenção. Reparem que digo “contenção” e não “termo” porque, infelizmente, tantos anos depois continuam as tentativas de impor modos de pensar “corretos”, de que a atual política de “cancelamento” é o mais recente exemplo.

Não falarei dos discursos, que praticamente não ouvi, mas não resisto a fazer uma breve referência ao BE e ao PAN, dois dos maiores opositores à ideia de celebrar essa data, exceto os comunistas, claro. Terão noção de que só existem graças a isso? Ou acham que o PCP, se ficasse dono e senhor do país, como esperava, permitira a criação de partidos por parte de uns burgueses, ainda por cima endinheirados?

O grande problema é que essa tal esquerda “verdadeira” não desarma nas suas tentativas de se tornarem os únicos “orientadores” do povo. Benévolos, claro, nem que para isso tenham de usar punho de ferro com espigões de aço. E os seus propósitos mantêm-se, como a luta contra o capitalismo – o Ocidental, claro, se for o chamado capitalismo selvagem chinês ou russo tudo bem – e pela nacionalização de tudo e mais alguma coisa.

São, também, ferozmente a favor da livre circulação de pessoas, mas, atenção, não de todas. Por exemplo, “migrantes” do Terceiro Mundo sem qualificações e sem a menor vontade de se integrarem são bem vindos, já turistas, reformados com dinheiro ou estrangeiros ocidentais capazes de se sustentarem ou, até, de criarem empresas, são indesejáveis.

O mesmo se passa com a economia. Os sindicatos, que, na maioria dos casos não passam de extensões desses partidos, passam a vida a fazer greves por mais regalias e direitos para os trabalhadores. Mas impor taxas a produtos vindos de países que espezinham os direitos mais simples é, claro, fascismo. Ou seja, 40 horas de trabalho é um abuso, mas trabalhar 8 horas por dia, 7 dias por semana é aceitável se for num “paraíso do povo”.

Qualquer privatização, então, é pior que vender a alma ao demónio na Idade Média. É que, segundo a dita esquerda, só serviços públicos zelam pelos interesses dos seus utentes, os privados só pensam em fazer dinheiro. E se olharmos à nossa volta não nos faltam exemplos que o comprovam...

Já agora, não seria interessante sabermos quantos professores do ensino público, o tal que é o único bom, têm os filhos no privado? Ou quantos dos que defendem o SNS como sendo o único modelo aceitável, incluindo os nossos exímios deputados de esquerda, nunca lá põem os pés – a menos, claro, que seja o senhor de Belém que, tendo sido levado para um hospital desses, afirmou que foi logo atendido e muito bem! Hum, pelos vistos acha que ser o PR ou um Zé Ninguém é a mesma coisa.

Temos, agora, a “catástrofe climática” como nova arma da dita esquerda que tenta, sobretudo, influenciar os mais novos a enveredarem pela sua política económica “a bem do planeta”. E vemos manifestações contra o uso do carvão, também aqui só no Ocidente – é que, como digo em O céu está a cair, em 2021 a China tinha, em 2021, “apenas” 1082 centrais a carvão e, pelo Acordo de Paris, que tinha subscrito, já devia ter encerrado 680 delas, indo, em vez disso, construir mais 43!

Ou a exigirem só carros elétricos, esquecendo, muito conveniente, a questão da extração do lítio e, acima de tudo, o facto de não se saber o que fazer com as ditas baterias em fim de vida, um problema que já existe e que se avoluma a cada dia que passa.

O mesmo se passa com a censura, contra a qual dizem que lutaram. E o que é a atual linguagem “woke” senão censura encapotada? Basta desagradar a algum desses bom democratas e é-se insultado na praça pública, acusado de fascista e não só, enfim, é uma sorte quando não se perde o emprego ou modo de vida. Mas, ei, não é a má censura do antigamente, é uma censura “boa” que só pretende evitar que as pessoas possam ser expostas a ideias nocivas ou, pior ainda e crime sem perdão, que fiquem ofendidas..

Como última nota, não acham curioso que o partido romeno que venceu a primeira volta das eleições, comunista de gema, seja visto como um partido fascista? Adorava ver o nosso PCP a explicar essa...

Para a semana: Violência doméstica II. Um tema abrangente que é demasiadas vezes tratado de um ponto de vista restrito

19
Ago22

46 - É o clima

Luísa

Nesta época de incêndios – e está a ser um ano catastrófico – decidi revisitar o tema das alterações climáticas, que já tratei anteriormente no meu post de 2021, O céu está a cair (https://luisaopina.blogs.sapo.pt/8-o-ceu-esta-a-cair-4291).

Como continuamos a ouvir que a causa disto tudo “é o clima”, ou antes, as mudanças provocadas pela ação do Ocidente (sim, só do Ocidente, como explico no post acima citado), achei que talvez não fosse má ideia dar uma pequena perspetiva histórica das famosíssimas alterações climáticas. É que o nome mais recente, “catástrofe climática” não pegou, digamos, por isso os fazedores de opinião voltaram à versão anterior.

Mas antes, um pequeno comentário. Já repararam que se alguém se lembra de contestar uma qualquer afirmação “científica” sobre este assunto é logo acusado de não acreditar nas alterações climáticas? A sério? É que se há quem não acredita nelas são precisamente os que mais as apregoam –a fazer fé neles, são a descoberta do século, ou antes, a maior descoberta de sempre.

Ora do que muitos como eu duvidam não é da existência das ditas alterações, sempre as houve e haverá, só acabarão se a Terra morrer ou se a envolvermos numa cúpula como Asimov descreveu em alguns dos seus livros, nomeadamente em As Cavernas de Aço.

Não, do que duvidamos é da influência que se atribui à ação do homem (Ocidental) e, acima de tudo, a afirmações catastrofísticas como esta que ouvi na TV a uma “cientista do clima”, tipo “já há 4 milhões de anos que o nível do mar não era tão elevado”. Provas? Nenhumas, claro, por isso no dia seguinte, numa outra entrevista, essa frase passou a “já há muito tempo”.

Mas o tema favorito é mesmo o aquecimento global – já agora, esta foi a primeira versão do título dado a este assunto. É raro o dia em que não ouçamos, “são as temperaturas mais elevadas desde que há registo.” E se nos limitarmos aos atuais registos meteorológicos, até são capazes de ter razão.

A questão é que há outro tipo de registos, que nunca são citados porque desdizem todo este cenário de catástrofe inédita.

Por exemplo, sabiam que no século X largas áreas da Islândia, agora cobertas de gelo, eram cultivadas? Que quando os Vikings colonizaram a Gronelândia, mais ou menos por essa altura, ocuparam zonas que são agora inacessíveis devido ao gelo? Pois é, nunca acharam estranho terem chamado Terra Verde a uma ilha enorme que tem gelo em quase 80 % da sua superfície e o que resta não é lá muito verdejante?

Temos também o chamado Período Quente Medieval de que, curiosamente, nunca se houve falar. Decorreu entre o ano 1000 e 1200 e, análises a plantas, árvores e outros elementos, feitas por climatologistas a sério, dizem-nos que, nalguns pontos da Europa, as temperaturas chegaram a ser 2 a 2 graus superiores às registadas no início do século XX – e isto sem centrais a carvão ou carros.

Sim, não há registos antigos como os que temos agora, mas, lendo crónicas e outros textos da época lemos sobre alterações profundas na agricultura, na floração das plantas e até nas estações do ano, que levaram à deslocação forçada de populações e uma elevada mortalidade daí resultante.

Recuando mais um pouco, temos o Período Quente Romano, entre 250 a.C. e 400 d.C. Pesquisadores da zona do Canal da Sicília podem agora afirmar que foi o período mais quente dessa região nos últimos 2000 anos.

E estou a restringir-me a alterações climáticas dos últimos dois milénios, que incluíram as devastadoras “megassecas” nos atuais EUA, por exemplo, a do Nebrasca (1276-1313) e a do Colorado (1276-1313).

E já que falamos em secas, não é curioso andarmos há anos a falar disso em Portugal sem que, no entanto, nada se faça? E não me refiro a fechar uma central a carvão ou acabar com os carros a gasolina para pôr fim ao tal aquecimento global.

É que, para além do clima, há outras razões para as secas estarem a piorar, sendo a principal a explosão populacional.

Ora vejamos. Em 1100, Portugal tinha 495 000 habitantes. Em 1900, ou seja, após 800 anos, esse número tinha subido para pouco mais de 5 milhões. E cerca de 100 anos depois, tínhamos duplicado esse número, ultrapassando os 10 milhões de habitantes!

Pior ainda, durante uma boa parte da nossa história o consumo de água era reduzido, mesmo na agricultura. Não temos muitas zonas propícias à criação de canais de irrigação natural, como na Madeira, e, sem distribuição mecanizada desse líquido, gastava-se apenas o indispensável. É que, mesmo nas cidades, era preciso ir buscar água ao chafariz ou fonte mais próxima. E no campo, a única opção eram poços, as chamadas minas ou algum rio ou riacho que circulasse na zona.

Ora os hábitos de consumo mudaram imenso, basta pensar no banho. E na agricultura, já não nos contentamos a esperar que chova “pela vontade de Deus” e, se não chover, é a seca e a morte dos mais fracos – uma das razões do lento aumento da população durante séculos é que, quando subia um bocado, havia uma seca, uma epidemia ou algo similar que causava uma baixa considerável.

Sabemos quase desde que somos país que este cantinho da Europa tem uma grande propensão para secas. E o que fazemos para minorar os seus efeitos? Pois bem, pouco ou nada.

Defendo há anos a criação de albufeiras, que armazenem água para fins agrícolas e de criação de gado, espalhadas um pouco por todo o país. Nem teriam de ser muito grandes ou complexas, é um daqueles casos em que a quantidade é o mais importante – tome-se Israel como exemplo.

Também nunca entendi porque não se reaproveita sempre a água saída das ETAR, que é, muitas vezes, bem melhor do que a que é usada como base para o abastecimento de água.

Outro projeto muito contestado pelos “ambientalistas” era o do transbordo do excesso de água do rio Douro, por exemplo, para outros rios de menor caudal e / ou para albufeiras ou lagos artificiais, com a vantagem de isso reduzir imenso o célebre problema das cheias desse rio em anos em que chove mais. Mas isso era interferir com a natureza...

Isto, sim, seriam medidas a sério, em vez do atual “a culpa é das alterações climáticas”!

E já agora, um aquecimento global a sério também traria vantagens. Por exemplo, choveria mais em toda a área do deserto do Saara, permitindo o crescimento de vegetação e, claro, a presença de animais. A Islândia e Gronelândia voltariam a ser o que foram brevemente há dez séculos. E muitos outros casos similares, em que zonas atualmente inabitáveis passariam a poder sê-lo.

O que me leva ao meu ponto final. Porquê este pânico todo em relação ao desaparecimento dos glaciares? Que, diga-se de passagem, já nem deviam existir, a fazer fé em “previsões científicas” algumas tão recentes como 2008, teriam acabado de vez até 2020.

É que quando ouço as lamúrias a eles respeitantes fico logo a pensar no que teria sido dito no início da atual Idade Interglacial se estes “iluminados” estivessem presentes e vissem a brutal redução da cobertura de gelo na Europa, que levou a brutais inundações por todo o lado – e, já agora, a tornar o Saara habitável entre 11 000 e 6000 anos atrás.

A que atribuiriam as culpas? Ao metano produzido pelos mamutes em extinção? À punição pelos excessos de consumo de muitas tribos da época? Pena não haver uma máquina do tempo...

Para a semana: A eterna praga dos incêndios! – Todos os anos, a mesma tragédia, a mesma culpabilização, a mesma inércia...

19
Nov21

8 - O céu está a cair...

Luísa

O post desta semana tem a ver com a conferência de Glasgow e a tão propagandeada “catástrofe climática”. O título refere-se à história infantil da galinha que, tendo sido atingida na cabeça por uma bolota, proclama aos quatro ventos que “o céu está a cair”.

Começo por dizer que este catastrofismo não é novo, tenho idade suficiente para me lembrar de vários alertas urgentes, do buraco do ozono ao fim das reservas de petróleo e muitos outros, mas à laia de apresentação indicarei apenas algumas das muitas previsões de cientistas, e não só, referentes ao clima.

1- Em 1970, no primeiro Dia da Terra, um conceituado ecologista, afirmava que em 1990 a temperatura média global estaria 4 graus mais baixa e 11 graus em 2000, o dobro do necessário para entrarmos numa Idade do Gelo.

2- As Maldivas estariam submersas até 2018 (previsão de 1988)

3- O Ártico estaria sem gelo até 2013, previsão de Al Gore de 2008, com base num modelo criado pela União Geofísica Americana e a NASA.

4- Manhattan ficaria submersa até 2018, previsão de um especialista climático em 2008

5- A Inglaterra terá um clima siberiano até 2020 (previsão de 2004)

Sempre acompanhei estas e outras previsões com um grande grau de divertimento pelas “certezas” que davam e os erros de conceção dos modelos em que essas certezas se baseavam. Por exemplo, num dos primeiros, esqueceram-se de incluir os oceanos nos cálculos de absorção de carbono!

Não é por acaso que o nome deste fenómeno tenha andado a mudar. Primeiro era o aquecimento global. Como não aconteceu, passámos a ouvir falar em “alterações climáticas”. E quando se referiu, e bem, que sempre as houve e sempre as haverá enquanto a Terra tiver vida, passámos à “catástrofe climática” provocada, claro está, pela ação humana.

Mas atenção, não por todos os humanos!

Por exemplo, nós, no Ocidente, devemos deixar de comer carne de vaca porque estas produzem metano, que é um gás de estufa. Curiosamente, nunca há uma referência aos 300 e tal milhões de vacas da Índia! Se calhar, como são sagradas, não produzem metano.

Ora todas estas previsões “dos cientistas” (é curioso que nunca dizem “de”, é sempre “dos”, para dar uma ideia de unanimidade) têm a característica peculiar de ignorarem uma série de coisas.

A primeira, é o Sol. Estudos mostram que este é responsável por um quarto do aquecimento da nossa atmosfera e que isso varia muito com o ciclo solar e, acima de tudo, com a densidade de manchas solares.

Depois, temos o papel das nuvens. Há estudos que mostram que têm um papel importantíssimo no clima. Ora poucos modelos as incluem e um destes tinha um erro de cálculo que agravava as previsões de aquecimento global em 75 %!

Também o papel dos oceanos não está bem entendido. Já deviam ter atingido há muito o limite de absorção de dióxido de carbono, mas continuam a fazê-lo para deleite de algas e muitas criaturas marinhas.

E temos ainda os vulcões que, a cada erupção, lançam para a atmosfera quantidades gigantescas de químicos que, quando são de origem humana, são responsáveis por tudo e mais alguma coisa, do buraco do ozono à catástrofe iminente. Lembram-se do pânico com os gases dos frigoríficos e aerossóis? Pois bem, a erupção do Pinatubo, Filipinas, em 1991 pôs mais desses sulfatos no ar do que toda a produção humana até à data. Pergunto-me o que a erupção atual de Las Palmas estará a provocar...

Passemos às consequências terríveis previstas.

A mais badalada é a subida dos oceanos. Curiosamente, muitos dos que afirmam a certeza de que irá acontecer têm comprado casas caríssimas à beira-mar, como o Obama, que adquiriu uma por 180 milhões de dólares. Pois... Já agora, a previsão do IPCC (O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) é de uma subida de 60 cm até 2100.

O aumento das catástrofes naturais, como tufões, etc. e a enorme perda de vidas humanas. Mesmo que tenha havido um aumento na sua frequência, e nunca vi dados nesse sentido, é curioso que em 1931 morreram 3,7 milhões de pessoas em catástrofes naturais, mas em 2018 esse número foi de apenas 11 mil, apesar de haver quatro vezes mais pessoas no mundo.

A extinção de espécies animais também é muito citada. Estranhamente, nunca referem as muitas espécies em perigo extremo pelo desaparecimento do seu habitat devido ao aumento populacional (de 1800 a 2015 passámos de 910 milhões a 7,8 mil milhões em 2021).

E as soluções e exigências dos “peritos”, como a Greta, são realmente interessantes sobretudo pela hipocrisia.

Vejamos algumas.

1- Temos de encerrar imediatamente todas as centrais a carvão! Mas só alguns, claro, a China tem atualmente 1082 centrais dessas, só para cumprir o Acordo de Paris já devia ter encerrado umas 680. Pior ainda, em plena semana de Glasgow inaugurou várias e anunciou a construção de mais 43.

2- Fim imediato dos veículos a gasolina ou gasóleo, usar apenas veículos elétricos. Pois, o problema é que estes usam baterias de lítio, uma substância que não existe por todo o lado e cuja produção causa graves problemas de poluição a menos que sejam tomadas medidas caras para a evitar. E como os maiores depósitos estão na Bolívia, Argentina, Chile e China, ainda por cima em regiões remotas, alguém acredita que serão tomadas essas precauções? Mais ainda, começa a surgir o problema do que fazer com as baterias de lítio usadas, que não são nada fáceis de eliminar. Ou seja, em breve veremos os mesmos que exigiram carros elétricos a exigir o contrário.

3- Redução da pegada de carbono a zero! Mas os que tanto apregoam isto não hesitam em usarem o jato privativo para irem jantar com uns amigos ou passar um fim de semana algures. O Al Gore, por exemplo, foi dos EUA a Bali num avião privado para dar uma conferência de 45 minutos, tendo regressado logo a seguir.

Mas a parte melhor é que, apesar de tantas certezas, vem logo a proposta da criação de inúmeras agências, comissões, etc. para estudarem as vertentes do problema, dando emprego muito bem pago a todos esses cientistas que juram a pés juntos que desta vez é mesmo verdade, há mesmo uma catástrofe à vista e temos de fazer algo já!

Como sou tradicionalista, gostava que esta história acabasse como a versão tradicional do conto que citei no início: a galinha e todos os que a seguiram foram convidadas por uma raposa a entrarem no seu covil “para ficarem a salvo”, tendo sido todos comidos!

 

Para a semana: Novo Dicionário Precisa-se! – e de que maneira

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