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Luísa Opina

Neste blogue comentarei temas genéricos da nossa sociedade. Haverá um novo texto todas as sextas-feiras

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Luísa Opina

05
Abr24

130 - Emigrantes e quejandos

Luísa

Não é, mais uma vez, o tema anunciado, mas devido a coisas que ouvi e li nos últimos dias, ainda relacionadas com o resultado das eleições, ou antes, com o do Chega, não resisti a dar, também, a minha opinião.

Comecemos pelos emigrantes, nomeadamente a estranheza que muitos mostraram pela tendência de voto dos portugueses no estrangeiro. A frase mais ouvida foi, precisamente, “não entendo como emigrantes podem votar num partido que é contra os emigrantes”.

Pois, a confusão está precisamente aí, confundir ser contra a entrada descontrolada de pessoas com ser contra os emigrantes. E subentende-se, claro, que por trás disso está o racismo, a xenofobia, etc. Bom, subentende-se é capaz de não ser o termo certo, dizem-no abertamente.

Há uns tempos li algo semelhante em relação ao facto de muitos muçulmanos em França votarem Le Pen que, lembro, é considerada islamofóbica pelos “bem-pensantes” de cá e de lá. Ora analisemos a situação com olhos de ver.

Durante muitos anos existiu em França uma comunidade muçulmana numerosa que vivia a sua vidinha, cujos filhos se integravam mais ou menos na sociedade francesa e que era, em muitos casos, constituída por pessoas fugidas às várias revoluções islâmicas que iam decorrendo por aí.

E de repente, graças à política de portas abertas, “não racista”, dos tais iluminados, viram-se invadidos, sim, é esse o termo, pelas pessoas de quem tinham fugido. Pior ainda, com o medo de serem considerados xenófobos, etc., os vários governantes deixaram-nos fazer o que muito bem entendiam e criar guetos cada vez mais extensos que governavam a seu bel-prazer. Ou seja, as populações há muito instaladas viram-se, subitamente, rodeadas de bárbaros a imporem-lhes regras de vestuário e de vida que, em muitos casos, lhes eram totalmente alheias, pior ainda, assistiram, impotentes, à imposição de uma sharia selvagem às suas mulheres e filhas – pois, curiosamente, os homens nunca são abrangidos...

E não tenhamos ilusões, a ideia é alargar tudo isso ao resto do país. Assisti, em tempos, ao discurso de Abu Hamza al-Masri (procurem-no, é um mimo!) perante milhares de seguidores em Londres, em que disse, claramente, usaremos todos os meios para islamizar a Europa e fazer com que a nossa seja a única religião permitida. Comentário das TVs locais? Limitaram-se a dizer que a extrema-direita tinha tentado interromper o comício. Hum... o que ele disse não é racista? Pelos vistos, não, pelo menos a esquerda nada disse.

Ora quem é que defende estas comunidades? Quem é que as escuta e está ciente dos problemas que esta invasão desenfreada lhes traz? Pois, não é o dito centro e muito menos a esquerda.

E aqui em Portugal, já repararam no aumento brutal de crimes violentos a que temos assistido nos últimos anos? Recebemos, sem pestanejar, gangues brasileiros identificados como tal, a máfia angolana e muitos outros criminosos que se apresentam como “migrantes”. Querer separar o trigo do joio é ser racista? Para mim, racista é quem mete tudo no mesmo saco, o emigrante honesto e que vem, realmente, para melhorar a sua vida pelo trabalho e o criminoso e chupista que se quer apenas aproveitar de nós e, acima de tudo, aproveitar-se de um país em que a polícia quase nada pode fazer e as penas são uma anedota, deixando-os com o tipo de rédea solta que nunca teriam no seu país de origem.

O que os “bem-pensantes” esquecem é que muitos dos portugueses que vivem – e votam – lá fora têm familiares e amigos em Portugal e não nos bairros finos desses comentadores e especialistas. Mais ainda, veem bem o contraste entre o modo como são tratados, ou antes, ignorados, e a preocupação com os ditos migrantes, desde que estes não sejam brancos, claro.

Acham que exagero? Mais ou menos na mesma altura tivemos a vinda de supostos refugiados sírios (curiosamente, são sempre muçulmanos, apesar do genocídio que têm sofrido os cristãos nesse país) e de portugueses que queriam sair da Venezuela após ameaças claras feitas pelo seu governo à nossa comunidade há muito ali radicada. Um casal sírio recebeu uma casa da Câmara local, a estrear, apesar de haver lista de espera de residentes na zona. Mais ainda, a escola local cancelou a festa de Natal para “não chocar as sensibilidades religiosas dessa família. Mas os que vieram da Venezuela não tiveram direito a nada! Bom, o Governo da Madeira tentou dar-lhes algum apoio, mas foram ignorados por todos os movimentos de ajuda – até nem admira, como ousaram fugir de um paraíso comunista!

E admiram-se do sentido de voto dos emigrantes? É que ao contrário do que apregoam, partidos como o Chega não são contra eles, são, isso sim, contra tratar do mesmo modo quem é, realmente um emigrante e quem não passa de um criminoso, muitas vezes bem perigoso. Mas quem o diz vive em bons bairros e tem os filhos em escolas privadas e não nas muitas que são cada vez mais palco de violência por parte de gangues de menores.

O meu último ponto tem a ver com as “brilhantes” e tão democráticas declarações de Miguel Sousa Tavares sobre os eleitores do Chega. São, segundo ele, mal formados ou mal informados. Ou seja, parafraseando, são, por natureza, convicção ou doença mental, racistas, xenófobos no sentido pacóvio ou saudosistas pelo tempo da velha senhora. Ah, e só recebem informação via redes sociais e que nunca defenderiam a democracia...

Pois, penso que este senhor devia ir a correr inscrever-se no Livre, o tal partido que, a bem da democracia, quer cancelar os 50 deputados do Chega. Ou seja, 50 anos após o 25 de abril só é democrata quem vota nos partidos “certos” e quem tem opiniões autorizadas pelos “donos da verdade”. Mas que bela democracia!

Para a semana: Os jovens são infelizes. É o que diz um estudo recente.

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